A trajetória da artista Ana Paula Oliveira é pautada pela criação de instalações que nascem a partir da tensão entre atração e repulsa e entre estabilidade e desequilíbrio. Seu trabalho lida com questões na ocupação do espaço, instalações que cria e estabelece tensões para acionar o espaço. O resultado visual causa uma mescla de estranhamento e interesse, que sempre desperta o olhar e a aproximação.
Nas palavras do crítico Rodrigo Naves, “em muitos dos seus trabalhos, Ana Paula Oliveira realiza um procedimento oposto. A artista costuma usar estacas ou cunhas de madeira para elevar ou sustentar coisas e animais e, desse modo, reforçar sua presença. Podem ser os peixes de “Instável” (2012), a borracha de “Iminente” (2009) ou o estrado de “Diadema” (2003). Pouco importa. A inteligência do trabalho consiste justamente em pô-los numa situação estranha à sua posição natural e com isso torná-los mais visíveis, potentes e perigosos. E o interessante é que, a cada novo trabalho, Ana Paula consegue chegar a significados diversos, ainda que seus procedimentos não mudem radicalmente’, explica ele.
Nuno Ramos também fala que o trabalho de Ana Paula Oliveira não junta. “Isso é o principal. Ele desconjunta, distrai, absorve, rasga, cai. Mas não junta. O galo de Alvorada (2004) não sabe nada do sabão. Os pássaros de Um gato um pintassilgo as estrelas (2007) não sabem nada da borracha. Uma parte não sabe nada da outra. Há uma distopia pairando, não um contraste. O diferente junta, o disparate junta, o que é oposto junta. Mas o trabalho de Ana Paula não junta, e por isso que surpreende tanto”, conta Nuno.
Ana Paula nasceu em Uberaba mas vive em São Paulo, cursou artes plásticas na Faculdade de Belas Artes de São Paulo.
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