SUZANA QUEIROGA e MAI-BRITT WOLTHERS
de 19 de novembro de 2015 a 16 de janeiro de 2016
‘Blue: a Terra é azul’, com obras de Suzana Queiroga e Mai-Britt Wolthers, encerra o calendário de exposições 2015 da Matias Brotas Arte Contemporânea.
Curadoria: Marcus Lontra
A Matias Brotas Arte Contemporânea segue com sua programação de 2015 com a exposição ‘Blue: a Terra é azul’, que reúne pinturas de Suzana queiroga, artista chave da Geração 80 brasileira, e Mai-Britt Wolthers, pintora dinamarquesa baseada no Brasil desde 1986. A obra de duas pintoras apresentadas lado a lado reiteram a função da pintura como força atemporal na história da arte, unindo eras e escolas de artistas que trabalham não apenas com pintura mas que também se enveredam por outras mídias. Juntas, as obras de Queiroga e Wolthers nos levam a uma (re) descoberta das possibilidades da tela e a janelas conceituais e estéticas, com suas âncoras no passado e antenas no presente. A pintura sempre foi, é, e sempre será.
Blue
A exposição traz obras inéditas das artistas dentro de um mesmo espaço, porém ambas tratam de maneiras distintas em suas pinturas, escultura e até em vídeo, sobre a temática da natureza, da paisagem. As artistas revelam a paisagem através do espectro azul, seja na cor da pincelada ou no sentido subjetivo do planeta terra azul e seus fenômenos naturais, suas observações, seu cotidiano.
Nas palavras do curador Marcus Lontra, através da mostra é possível ver uma variedade dos caminhos que a paisagem ainda hoje alimenta para a ação artística e permite ver uma ponte entre a tradição e o novo. “Nas paisagens de Mai-Britt há uma inerente tensão entre a forma e a matéria, entre o estado líquido e sólido da matéria, entre o efêmero e o permanente. Por isso a sua pintura é estranhamente bela e faz com que as nossas retinas passeiem por um território de belezas densas e misteriosas. Já o impressionismo é o destaque nas obras de Suzana. Há em cada tela um ver “através” da densidade da matéria. A superfície plana, o terreno da bidimensionalidade, cede aos encantos do tempo, do ar que filtra e transforma a realidade. As intensas superfícies cromáticas dos objetos infláveis da artista se fazem presente na sua pintura inteligente e sensível, que valoriza a instabilidade como estratégia de ação da artista e estabelece uma equação sensível entre o tempo e o espaço, entre a forma e a cor, entre o mistério e o real”, explica.
Sobre as artistas
A artista plástica carioca Suzana Queiroga despontou nos anos 80, época em que a exposição “Como vai você, Geração 80?”, no Rio de Janeiro, em 1984, apresentou a produção de cerca de 100 jovens artistas e modificou significativamente os rumos da arte no Brasil. Pinturas, desenhos, esculturas, instalações, vídeos, infláveis e intervenções urbanas são as várias expressões as quais Suzana Queiroga se dedica. Mestre em Linguagens Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, leciona Pintura e Desenho na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro. A artista já recebeu cerca de 11 premiações nacionais entre elas, o 5º Prêmio Marcantônio Vilaça /Funarte para aquisição de acervos, em 2012; Prêmio Nacional de Arte Contemporânea/ Funarte, em 2005; a Bolsa RIO ARTE, em 1999; e os X e IX Salões Nacional de Artes Plásticas, entre outros. Também participou de inúmeras coletivas nacionais e internacionais, além de diversas individuais.
Já a artista Mai-Britt Wolthers é nascida e criada na Dinamarca, mas mudou para o Rio de Janeiro em 1986. A partir da década de 90, transfere seu ateliê para a Mata Atlântica e expande sua pesquisa sobre as florestas Brasileiras, viajando para a Amazônia e o Pantanal. Sua paixão pelas exuberantes florestas geraram trabalhos que fazem uma interface entre o figurativo e abstrato, através de formas e cores capturadas em loco, que intuitivamente adota, sem perder a memória da sua origem. A artista pesquisa também possibilidades de desdobramento do seu trabalho para o tridimensional e interferências em paisagens naturais. Ela já realizou 13 exposições individuais e foi selecionada para várias exposições coletivas. Possui trabalhos em diversos acervos institucionais como Prefeitura Municipal de Gribskov, na Dinamarca, no Centro Cultural dos Correios, Rio de Janeiro, Museu de Arte Contemporânea, Campo Grande – Instituto Figueiredo Ferraz, São Paulo e CCSP (Centro Cultural São Paulo), São Paulo.
Exposição ‘Blue: a Terra é azul’
Até 16 de janeiro de 2016
Local: Galeria Matias Brotas Arte Contemporânea – Avenida Carlos Gomes de Sá, 130, Vitória. (subida da Maternidade Santa Úrsula.Tel: (27) 3327-6966.
Horário de funcionamento da Galeria Matias Brotas – Terça a sexta – das 10h às 19h e sábado das 10h às 15h
Entrada gratuita.